Como tratar trincas e fissuras

Qual a diferença entre trincas e fissuras?

É comum ocorrer a confusão envolvendo os termos de trincas e fissuras na área da engenharia.

Isso porque, ambas possuem a mesma característica, serem aberturas presentes nas construções que em primeira instância podem parecer visualmente o mesmo, porém, existem fatores que irão diferenciar uma da outra, sendo a principal diferença a largura da abertura.

Fissura: Representa o começo de um possível problema. Correspondendo a aberturas de até 0,5 mm e alongadas, sendo em sua maioria superficial e sem maiores riscos.

Trinca: A partir de 0,5 mm até 3 mm a abertura passa a ser uma trinca, sendo mais profunda, ela pode dividir estruturas em duas partes necessitando de um cuidado e atenção maior.

Rachadura: Aqui a atenção se faz necessária de imediato. A abertura terá mais do que 3 mm de espessura se tornando possível a passagem de vento e água, o que pode causar sérios riscos a estrutura. 

Tendo em vista isso, é importante atentar-se ao fato de que mesmo as fissuras sendo superficiais, elas irão indicar algum problema que deve ser tratado, porque posteriormente, pode se transformar em trincas e rachaduras, evoluindo o nível da patologia e causando um problema maior do que o esperado.

Portanto, você deve estar sempre atento para os sinais que o seu piso apresenta, para poder identificar o problema e tratar com uma empresa especializada no caso.

Quais são os riscos?

Trincas e fissuras

As aberturas vão ocasionar na aceleração do processo de degradação do concreto devido à passagem de fluidos para a estrutura, provocando então a perca de desempenho e redução da sua vida útil.

Dependendo do local e o segmento da sua obra, ela pode também causar a parada da fábrica para o tratamento dessas patologias.

Como identificar o causador do problema…

Identificar o causador das trincas e fissuras é um fator crucial para evitar maiores complicações em sua obra, em muitos casos, eles irão aparecer em pequenos erros ou manifestações, mas que se não forem devidamente tratadas, podem vir a se tornar reais complicadores.

Aqui nesse mesmo blog temos um artigo sobre quais são esses sinais e por que eles aparecem.

Como tratar trincas e fissuras:

É importante começar destacando que não existe uma única maneira de tratar esse tipo de patologia.

Isso porque, existem algumas variáveis como profundidade, espessura, movimentação e transmissão de carga que irão influenciar diretamente no tipo de tratamento realizado e da atividade que acontece sobre esse piso.

Movimentação:

Para fissuras que necessitam de uma movimentação ativa durante o dia a dia, é importante que se use materiais de selamento flexíveis, que selem a abertura e ainda sim, permita essa movimentação.

Exemplo disso é o PU30 Plus, ele é paliativo e será utilizado quando o piso é novo ou está trabalhando muito, assim, irá suportar mais a movimentação natural do concreto devido sua alta flexibilidade, possuindo também boa aderência, fácil aplicação e muitas outras vantagens.

Já as aberturas estáticas, que não necessitam dessa movimentação, podem ser tratadas utilizando um selante mais rígido, podendo ser usado o EPX 80.

Ele é um selante a base de epóxi que também possui o fator de alongamento, porém menor do que o PU30 Plus, sendo então semi rígido, proporcionando alta dureza e resistência ao tráfego pesado, proteção as bordas das tintas e excelente aderência.

Profundidade:

A profundidade será outro fator de suma importância, através dela, será determinado o tipo de abertura, superficial ou profunda e isso vai indicar o tipo de tratamento utilizado.

Quando serem profundas, é recomendado a injeção sob pressão para garantir a vedação em toda sua abertura.

No caso de ser superficial, ela poderá ser tratada com sistemas de injeção ou também de preenchimento espatulado com material argamassado, podendo se utilizar do lábio polimérico, como o TLX 70, uma argamassa tri componente que proporciona a aplicação em locais de tráfego intenso e muitos impactos.

Estrutural:

Por fim, quando a fissura for estrutural, ela deve ser tratada com resinas de alta resistência mecânica, que sejam capazes de suportar a transmissão de cargas, podendo ser usado a injeção de resinas a base de epóxi ou poliuretano.

Caso o piso seja antigo ou não esteja trabalhando mais, a utilização de um adesivo estrutural será a melhor opção, o Adepox AF é um exemplo disso, ele é impermeável e traz alta resistência mecânica e aderência além de uma secagem rápida, travando completamente a trinca.

De modo contrário, onde a fissura não é estrutural, o método mais eficiente é a utilização de resinas flexíveis para o selamento dessa abertura, garantindo impermeabilidade e resistência a pressão hidrostática.

Além disso, outra metodologia que pode ser utilizada para esse tipo de tratamento é a de costurar.

Será utilizado barras de ferro que serão chumbadas no concreto, atravessando a abertura, se assemelhando justamente com uma costura, no entanto, vale lembrar que esse processo só deve ser realizado caso a empresa especializada em patologias indique esse tratamento.

Trincas e fissuras

Conclusão

Por esses motivos citados que o estudo do local feito pelo profissional adequado é tão importante, ele irá indicar a partir dessas características qual o melhor e mais correto tipo de tratamento a ser realizado.

Tomando essas medidas, pode-se evitar mais problemas desnecessários em sua obra e consequentemente mais custos com mão de obra.